É larga a poesia.
De quimeras em quimeras,
minha alma anda, desanda.
E anda outra vez.
Sempre avança, rumo
a novos portos.
Carrego luz e velas,
em caso de apagão.
Te levo comigo em
lembrança, passos
juntos em compasso,
sintonia e maresia.
E o sono, depois da travessia.
Amar se aprende sempre.
Melhor vive quem se rende
ao encontro,
sem medo do escuro
ou da imensidão.
Não há porto seguro
sem a coragem
de caminhar.
De vencer a inanição de
ser só no mundo,
visto que somos muitos
e estamos vivos!
Que seja sempre o encontro
nosso ponto de partida,
posto que é chama,
fogo, fonte de toda criação.
Marta