Entre as resoluções de início de ano, as pessoas ficam tentadas a buscar o roteiro básico: fazer aquela tão adiada dieta a fim de se livrar de uns quilinhos, parar de fumar, praticar mais exercícios, ver mais amanheceres, conviver de verdade com os amigos e a família. Tudo é válido, mas começo por outra pegada. E por que não criar um Clube do Livro? Sim, um clube real, com pessoas interagindo ao vivo, trocando ideias sobre as últimas obras que leram e preparando um briefing dos autores para compartilhar nas reuniões. Seria uma forma de agregar cultura ao dia a dia, à rotina que vai nos tomando por inteiro ao longo das horas, das semanas.
Nada de muito complicado. Um clube com número pequeno de participantes, local acessível, com reuniões mensais, por exemplo, a fim de que todos tenham o devido tempo para degustar uma obra e dar feedback aos demais. Estudos norte-americanos comprovam que a convivência com a arte e a cultura traz mais longevidade. Só tem um detalhe: estes clubes servem também para promover um “detox tecnológico”, funcionam melhor sem celular, com horários de começo e fim bem definidos. E, o mais importante: são um grande exercício ao desapego. Emprestar o livro sem medo, com a certeza de que este voo em direção a outras mãos é sempre uma troca, uma forma de vivenciar um clima literário entre amigos e os novos amigos que são sempre conquistados nessa instigante jornada.