O que está dentro está fora

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Não é a toa que no filme Sem Limites (2011), o personagem Eddie Morra (Bradley Cooper) resolve dar um jeito na bagunça em que se encontrava sua casa e não para enquanto não deixa tudo brilhando. Ao tomar uma droga que lhe dá mais inteligência, esta foi uma atitude natural, que ao entrar em casa diz antes de arregaçar as mangas: “ Não podia ser a minha casa, quem viveria assim?”

Há pessoas que são apelidadas de chatas ou “que têm TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo)” por terem a mania de deixar a casa arrumada ou limpa sem relaxarem. Exageros à parte, a organização de um espaço, mais que a própria limpeza , dá uma sensação gostosa e de higiene. Talvez essas pessoas que buscam manter os objetos e itens de seu lares organizados busquem fora o que muitas vezes desejam dentro.

A paz mental – Como seres visuais que somos, talvez garantir na matéria o que almejamos num nível mais profundo realmente faça alguma diferença. Sem contar que um ambiente organizado faz a gente gastar menos tempo procurando as coisas e facilita nossa rotina. “O que está fora está dentro”, diz a Metafísica. Então, por que não ajeitar a casa para depois viver o oposto?

A ordem interna, a de agir de acordo com o que acreditamos e desejamos, a de sermos verdadeiros com nós mesmos, a de fechar os ciclos dentro da gente sem mágoas e apegos e de reconhecer toda a felicidade que existe em cada segundo do dia são mais desafiantes que arrumar o guarda-roupa.

Mas é algo desejado e quem atinge este estado esforça-se para mantê-lo. Porém,  nossa mente é como um macaco que pula de galho-em-galho, mas este macaco está bêbado e epilético. A enxurrada de informação e a rotina voltada ao sistema em que vivemos não contribuem para que organizemos nossas emoções e conduta.

Essas pessoas são verdadeiros heróis e me coloco junto deles (vamos deixar a modéstia de lado). Considero-me uma revolucionária quando perdoo as pessoas que fizeram ou falaram algo que não gostei, quando namoro a lua enquanto estão dentro dos carros e falando ao celular, quando sento na grama e não ligo em sujar a roupa ou encontrar um inseto no caminho. Quando desligo o wifi às 20h por me sentir no direito de ter um sono de verdade. Quando enxergo cada pessoa como um ser divino que veio à vida por um propósito.

A minha meta? Objetivos? Tarefas? Cumprir meu propósito aqui na Terra com a conduta da Consciência Suprema (por que Deus tem que ser homem, né?). Essa Consciência sabe muito mais que eu, que sou um pó no Universo. Como chegar lá? Nunca desistindo, mesmo que as circunstâncias possam não ajudar. Manter a luz viva em nossos coração, isso é que deixa a esperança no seu lugar, isto é, no topo da estante.

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Priscila Almeida

Jornalista, professora de Yoga e personal organizer em Floripa

 

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