Sinais

A morte nada semeia.

Apenas treme de amargura

Para anunciar sua chegada.

A vida se refaz em tons de bege,

Sem a graça do primeiro beijo

E da seresta na madrugada.

 

Corpos maduros amam

Com sua própria voz.

Não é deste mundo sua agonia.

Navegam em outros mares,

São ardentes apenas em boa companhia.

 

Expulsam os incautos e os marinheiros,

Os aventureiros.

Amam porque é chegada a hora,

Apesar da tempestade, das objeções

E das cicatrizes que soam como

gralhas em seus tons moribundos.

Marta

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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